quarta-feira, fevereiro 27, 2008

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SÃOGABRIEL Artista faz homenagem para índios guaranis
Essa vai entrar na história
CAROLINA CARVALHO- Fonte Jornal

Carolina.carvalho@diariosm.com.br

Intenção é chamar a atenção para a história da Batalha Guaranítica e fazer do local um ponto turístico local
Dizem que um povo sem passado é um povo sem futuro. Resgatar a história é trazer à tona as experiências, adquirir conhecimento e es ti­mular a cultura Pensando nisso, uma homenagem foi preparada para relembrar uma das grandes tragédias da história da colonização brasileira, que aconteceu em São Gabriel. No dia 10 de fevereiro de 1756, cerca de 1,5 mil ín­dios guarani foram mortos em um confronto contra os exércitos espanhol e português.

A batalha aconteceu no distrito de Tiaraju, localidade de Caiboaté Grande, que fica a 20 quilômetros do centro da cidade. Para lembrar as vidas perdidas, no último domingo, 150 cruzes de madeira foram cravadas no palco da guerra. A idéia é re­tomar. o passado e estimular o turismo local.

A idéia foi bolada pelo ar­tista plástico Arno Schleder, de São Luiz Gonzaga. Nos próximos anos, a homenagem deve se repetir. Mais 150 cruzes serão colocadas no local a cada dia 10 de fevereiro, até 2018, quando 1,5 mil delas estarão no monumento missioneiro que já existe no lugar. Juntas, elas formarão uma grande cruz missioneira

De acordo com o artista, a idéia foi fazer uma homenagem e uma referência à memória dos guaranis mortos há 252 anos. O objetivo é que o espaço se tome um local de visitação.

- Foi o primeiro passo para que a gente acorde um pouco para a nossa história e mostre o passado para as nossas crianças.
Poucos lugares foram palco de uma batalha como essa – explica o artista plástico.
Conforme a pesquisa feita por Schleder, o local foi palco de uma das primeiras tentativas de invasão do continente, e também da primei ra tentativa real de deter essa invasão.
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como essa - explica o artista plástico.

As prefeituras de São Gabriel e São Litiz e

o Instituto Cultural e Educacional Harmonia Gabrielense apoiaram a iniciativa do artista plástico. No sábado passado, a secretária de Tu­rismo de São Luiz, Sandra Ferreira, o payador missioneiro (declamador de poesias missio­neiras chamadas payadas) Orci Machado, o professor de história e curador dos museus da cidade,Anderson Schmitz, e Schleder foram a São Gabriel, onde a presi­denta do instituto, Jenny Maria Chagas, os recebeu.

Eles participaram de um debate sobre a história das Missões e da batalha guaranítica na Câmara de Vereadores. O grupo também visitou o Museu Marechal Mascarenhas de Moraes e o local onde Sepé Tiaraju morreu, na Sanga da Bica, que fica no centro de São Gabriel.

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Foi muito bom para a cultura e para a cidade. Discutimos investimentos e turismo. Acabamos o debate com projetos para eventos futuros entre as duas cidades - conta Jenny.


Por enquanto, as cruzes de Caiboaté formam apenas uma pontinha da cruz missioneira que deverá se formar no local. Elas são de madeira, mas a intenção de Schleder e da prefeitura de São Gabriel é trocá-Ias por um material mais resistente, como metal ou concreto. O local está aberto a visitações e é gratuito.
Carolina.carvalho@diariosm.com.br

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